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Sabe aquela vermelhidão no rosto que aparece no fim do dia ou logo após tomar um drink ou comer algo apimentado? Ela pode ser uma doença chamada rosácea.

Engana-se quem pensa que a rosácea é apenas uma vermelhidão leve no rosto. O problema é dividido em cinco tipos, dos mais simples aos complexos e raros:

1- Eritemato telangectasia

A pele adquire um tom avermelhado, rosado e com pequenos vasos (telangectasias) se tornam evidentes, principalmente na região centro facial, próximo as asas nasais (base do nariz). O avermelhamento pode ser agravado por vários fatores, entre eles: o álcool, sol, estresse, exercícios físicos e calor. Quem possui a rosácea pode ter a sensação de estar com a pele pinicando ou queimando. Neste caso, a pele é mais sensível.

 

2- Rosácea pápula pustulosa

Nesse tipo de rosácea, soma-se ao tom avermelhada o aparecimento de lesões pápulo-pustulosas, como se fossem espinhas. Nesse tipo, a rosácea lembra a acne - tanto que por muito tempo foi chamada de acne rosácea. O tipo pápula pustular é mais comum em homens, com períodos de piora e melhora alternados.

 

3- Rosácea fimatosa

Esse é o tipo menos frequente de rosácea. Seria um estagio final da doença. A pele, torna-se espessada, endurecida e avermelhada, com poros dilatados. A rosácea fimatosa é caracterizada pelo aumento e infiltração de áreas como as glândulas sebáceas do nariz e é comum em homens com mais de 50- 60 anos. Com o tempo, o nariz pode até dobrar de tamanho. O mento ( queixo) também pode ser comprometido.

 

4- Rosácea ocular

Como o nome diz, a rosácea ocular atinge a região dos olhos. Cerca de 20% dos casos são descobertos em visita a um oftalmologista. O indicativo da doença é uma inflamação (chamada de blefarite) com avermelhamento e descamação na área dos cílios. Este tipo é o mais grave, pode evoluir para a perda da visão. Por isso o acompanhamento com um oftalmologista se faz necessário.

 

5- Granulomatosa

Mais raro, sua característica principal é o aparecimento de pequenos nódulos acastanhados na face. Cerca de 15% dos pacientes com a doença podem ter lesões em outros locais. Seu diagnostico é difícil e seu tratamento também é um desafio.

 

Mas os subtipos podem se misturar. Pode ocorrer, por exemplo, a combinação do fimatosa com o tipo pápula pustulosa e também com a forma mais comum, a eritemato telangiectásica. Também é muito frequente a associação de rosácea do tipo fulminante com a ocular.

 

Causas

A causa da rosácea é desconhecida, mas estudos apontam para uma combinação de fatores hereditários e ambientais. Uma série de fatores pode desencadear ou agravar a rosácea, aumentando o fluxo de sangue para a superfície de sua pele. Alguns destes fatores incluem:

* Alimentos quentes ou bebidas

* Alimentos picantes

* Álcool

* Temperaturas extremas

* Exposição ao sol

* Estresse, raiva ou vergonha

* Exercícios

* Banhos quentes ou saunas

* Uso de corticosteroides

* Uso de medicamentos que dilatam os vasos sanguíneos, incluindo alguns medicamentos para pressão arterial.

 

Mesmo sendo crônica, a rosácea pode ser prevenida para evitar a piora de estágio, o paciente deve moderar a alimentação e prestar atenção em hábitos corriqueiros que podem colaborar para agravamento da doença. Deve-se evitar alimentos muito quentes e picantes, álcool em excesso, temperaturas muito altas, exposição ao sol, estresse e exercícios extenuantes. Algumas pessoas pioram a condição da pele com a ingestão de chocolate. Por isso, todo cuidado é pouco.

 

Quando os primeiros sintomas aparecem, podem ser confundidos com queimaduras solares. Conforme a doença se agrava, vermelhidão torna-se mais duradoura e óbvia.

Rosácea pode piorar ao longo do tempo, levando a mudanças permanentes na aparência e afetando a autoestima. Não há cura conhecida para a rosácea, mas ela é tratável, com excelente controle.

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